REPERTÓRIO
FESTA DE INAUGURAÇÃO (2019)
O ponto de partida para a criação da obra foi um fato ocorrido em Brasília no ano de 2011, quando uma manutenção no salão verde do Congresso Nacional que demandou quebrar paredes para se descobrir as causas de um vazamento, fez com que fossem encontradas frases escritas em 1959 pelos operários responsáveis pela construção do prédio, inaugurado em 1960. O processo investigou o ato de destruir, reconstruir e produzir narrativas como um ciclo constante na história da humanidade.
Festa de Inauguração é uma obra sobre a destruição. Quatro atores recolhem os cacos que sobraram do choque entre placas tectônicas, das inundações, das bibliotecas em chamas, das estátuas que perderam a cabeça e dos nossos próprios corpos, palavras e desejos. Ao vasculhar ruínas, descobrem discursos que nunca foram inaugurados, fósseis sem palavras. O difícil é escolher entre aquilo que sobrou o que tem relevância para a linha do tempo que fica.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Gleide Firmino, Micheli Santini, Adilson Diaz, Diego Borges
Direção: Francis Wilker
Dramaturgia e codireção: João Turchi
Assistente de direção: Diego Borges
Light design: Guilherme Bonfanti
Assistente de Iluminação: Higor Filipe
Estagiários de Iluminação: Diogo Sikins e Emanuela Maia
Cenografia e Figurinos: André Cortez
Assistente de Cenografia e figurinos: Marina Fontes
Figurino Moliére: Fábio Namatame
Design de jóias: Janaína
Direção musical: Diogo Vanelli
Projeções e registro audiovisual: Thiago Sabino e Fábio Rosemberg
Colaborações artísticas: Nei Cirqueira, Kenia Dias, Edson Beserra, José Regino e Giselle Rodrigues
Produção Executiva: Tatiana Carvalhedo (Carvalhedo Produções)
Produção Nacional: Júnior Cecon
Coordenação Administrativa Teatro do Concreto: Ivone Oliveira
Debates temáticos que alimentaram o processo criativo: Edson Farias (sociólogo), George Alex da Guia (arquiteto e urbanista), Íris Helena (artista visual), João Estevam de Argos (arqueólogo) e Thabata Lorena (cantora, compositora e MC).
REPERTÓRIO
ENTREPARTIDAS (2010)
O espetáculo ENTREPARTIDAS resultou de dois anos de pesquisa sobre o tema amor e abandono na sociedade contemporânea. Ao longo do processo de criação o grupo investigou também as relações entre o teatro e outras linguagens artísticas como a intervenção urbana e a performance.
Sinopse
Início da noite, a cidade se move como um complexo organismo. É hora do embarque! O público toma um ônibus e viaja pelas ruas da cidade onde conhece diversos personagens que se equilibram no fio do tempo, nos lembrando que a vida é feita de encontros e instantes. Um espetáculo que fala, sobretudo, daquilo que é efêmero, chegadas e partidas, saudades, desejos, possibilidades, vida e morte. A viagem pela cidade como pretexto para viajar pelas ruas de si mesmo.
Prêmios
Prêmio SESC do Teatro Candango 2011: melhor espetáculo, melhor direção, melhor dramaturgia e melhor ator.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Jonathan Andrade
Direção: Francis Wilker
Assistentes de Direção: Ivone Oliveira e Aline Seabra
Elenco:
Adilson Dias
Aline Seabra
Alonso Bento
Gleide Firmino
Jhony Gomantos
Larissa Calixto
Lisbeth Rios
Maria Carolina Machado
Nei Cirqueira
Silvia Paes
Músico: Lucas Muniz
Criador musical: Daniel Pitanga
Desenho de Luz: Diego Bresani
Montagem e Operação de luz: Higor Filipe
Figurinos e Direção de Arte: Hugo Cabral e Júlia Gonzales
Consultoria Vocal: Gislene Macedo
Assistente de Produção: Douglas Teixeira
REPERTÓRIO
RUAS ABERTAS (2008)
Intervenção cênica no espaço urbano, a partir do tema Amor e Abandono, ponto de partida do Teatro do Concreto que resultou no espetáculo Entrepartidas. As investigações iniciais do grupo partiram de uma questão central: qual é a relação entre amor e abandono na sociedade contemporânea? O conjunto de intervenções estabelece um jogo com a rua, valorizando a relação com o espaço urbano e os transeuntes. Por se abster das ideias de personagem e narrativa, cabe ao espectador um papel ainda mais autoral na construção de sentido para as ações dos atores e jogo estabelecido com a cidade e o seu ritmo cotidiano.
FICHA TÉCNICA
Direção: Francis Wilker
Assistente de Direção: Aline Seabra
Colaboração: Jonathan Andrade
Elenco: Alonso Bento, Gleide Firmino, Jhony Gomantos, Lisbeth Rios, Maria Carolina Machado, Micheli Santini, Nei Cirqueira, Silvia Paes.
Pesquisa Musical: Daniel Pitanga
REPERTÓRIO
DIÁRIO DO MALDITO (2006)
A peça que estreou em 2006 e nunca mais deixou de ser apresentada já foi vista por cerca de 4mil pessoas e foi considerada pelo jornal Correio Braziliense com um dos 50 espetáculos que marcaram a história da capital brasileira. Diário do Maldito é uma homenagem ao dramaturgo Plínio Marcos, um dos maiores expoentes da dramaturgia nacional, que incorporou o tema da marginalidade em textos de temática social contundente. O resultado da intensa pesquisa acerca da vida e obra do teatrólogo resultou num espetáculo contagiante, que ressalta aspectos multiculturais do povo brasileiro.
Sinopse
O público é recebido num bar onde conhece diversas histórias e personagens que descrevem a trajetória divertida e comovente de um Poeta que sempre dedicou sua obra à denúncia social, mas, que agora, pensa em parar de criar. Inconformados com a situação, seus personagens invadem a cena para cobrá-lo.
Prêmios
Festival Nacional de Teatro de Macapá – 2008: melhor espetáculo e melhor cenografia.
Prêmio SESC do Teatro Candango - 2007: melhor atriz e melhor cenografia.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Juliana Sá
Direção: Francis Wilker
Assistente de Direção: Ivone Oliveira
Consultoria Artística: Tiche Vianna
Elenco: Aline Seabra, Gleide Firmino, Jhony Gomantos, Larissa Calixto, Micheli Santini ou Celma Ioci, Nei Cirqueira, Rômulo Mendes, Maria Carolina Machado, Silvia Paes
Músicos: Janari Coelho, Regina Neri e Samuel Mota
Ambientação Cenográfica: o grupo, com a colaboração de Isabella Veloso e Leonardo Cinelli
Desenho de Luz: Marcelo Augusto
Figurinos: o grupo, com consultoria de Cyntia Carla
EXTRAORDINÁRIO (2014)
O processo de criação que deu origem ao espetáculo Extraordinário teve início em 2013 tendo como ponto de partida a história de Brasília, percurso que revelou o tema “utopia e frustração” como disparador principal na criação do trabalho que comemorou os 10 anos do Teatro do Concreto.
Sinopse
Cinco personagens são convocados para a cobertura de um evento extraordinário: a descoberta de um homem que habita um lugar nunca antes visitado, ainda sem contato com nossa sociedade. Como ele vive nesse outro lugar desconhecido? Como seria a cidade ideal? Como noticiar esta descoberta? A situação inesperada cria um ambiente onde são revelados sonhos, angústias, medos e desejos, dos mais íntimos aos coletivos. Em jogo, questões sobre a complexa vida urbana, fragmentos de vidas, recortes de sonhos, quadros de pós-modernidade. Um múltiplo olhar sobre o mundo contemporâneo e "para aonde estamos indo...".
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Vinícius Souza
Direção Geral: Francis Wilker
Co-direção: Ivone Oliveira
Elenco: Aline Seabra, Alonso Bento, Gleide Firmino, Jhony Gomantos e Nei Cirqueira.
Direção de Arte: Amanda Cintra e Roberto Dagô
Design de Som: Cesar Lignelli
Light design: Diego Borges
INÚTIL CANTO E INÚTIL PRANTO PELOS ANJOS CAÍDOS – leitura cênica (2007)
Uma leitura cênica a partir do conto 25 homens do livro INÚTIL CANTO E INÚTIL PRANTO PELOS ANJOS CAÍDOS. O texto, publicado em 1977, guarda profunda relação com as questões carcerárias no Brasil, mantendo sua atualidade na crítica ácida ao sistema prisional 30 anos depois de seu lançamento. Dessa forma, o autor chama a atenção para questões importantes como distribuição de renda, violência, justiça, dignidade humana, fome e saúde. Neste conto, mais uma vez, Plínio Marcos dá vez e voz aos excluídos, criando na sua narrativa detalhada do episódio uma verdadeira poética da crueldade. Nesse trabalho o enfoque do grupo se direciona para as ações físicas e vocais dos atores e para o trabalho de sonoplastia ao vivo.
Sinopse
A leitura narra os últimos momentos da vida de 25 homens enclausurados numa cela de presídio e que morrem queimados durante uma rebelião. A obra é inspirada em fato verídico ocorrido em Osasco, SP.
FICHA TÉCNICA
Texto: Plínio Marcos
Direção: Francis Wilker
Elenco: Alonso Bento, Gleide Firmino, Jhony Gomantos, Micheli Santini, Nei Cirqueira e Silvia Paes.
Iluminação: Higor Filipe
Intervenções sonoras: Daniel Pitanga
MIRANTE (2010)
Essa criação partiu da investigação de diferentes espaços que dialogam com o imaginário de Brasília: UNB, Vale do Amanhecer, Torre de TV, Galeria dos Estados e Ermida Dom Bosco. Esses espaços foram explorados na perspectiva de geradores de dramaturgia, e, as suas “falas” resultaram nas performances e intervenções cênicas que ocuparam a Torre de TV de Brasília.
Ao reler a cidade como texto, instala-se no espaço situações de encontro e elementos que discutem sua geografia, suas relações, suas proximidades e distâncias, seus encontros e desencontros. A Cidade e seu céu, desejos, símbolos e seus mortos. A cidade e sua memória. A cidade e seus sonhos.
Ficha Técnica
Direção: Ivone Oliveira
Elenco: Gleide Firmino, Jhony Gomantos, Lisbeth Rios, Micheli Santini, Nei Cirqueira e Silvia Paes.
Dramaturgia: Alonso Bento
Consultoria dramatúrgica: Juliana Sá
Ambientação e figurinos: Hugo Cabral
Intervenção sonora: Samuel de Freitas
CHEGANÇA (2007)
Experimento cênico criado durante residência artística do Teatro do Concreto no SESI de Taguatinga. O trabalho foi desenvolvido a partir de experimentações de técnicas e aspectos da Commedia dell arte, depois de algumas vivências com o artista Leonardo Villas Braga. Essa ação estava vinculada ao projeto Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral do SESI, que envolvia a realização de ações diversas como: oficinas para a comunidade, treinamento dos atores e uma investigação acerca do teatro em ações de saúde e qualidade de vida em indústrias.
Sinopse
Um grupo de artistas saltimbancos que viajam através dos tempos convida o público para conhecer a essência de sua arte. Seja bem vindo ao universo do Teatro, conheça os sonhos que alimentam essas almas mambembes e sinta-se convidado a esta festa de chegada, celebração da beleza da vida e da magia da arte.
FICHA TÉCNICA
Grupo: Núcleo de Pesquisa e Produção Teatral do SESI
Direção: Francis Wilker
Assistente de Direção: Ivone Oliveira
Dramaturgia: Juliana Sá e Maria Carolina Machado
Elenco: Aline Seabra, Alonso Bento, Maria Carolina Machado, Gleide Firmino, Nei Cirqueira, Hugo Cabral, Micheli Santini e Zizi Antunes.
Iluminação: Marks Almeida
Figurinos: Cyntia Carla
Produção: Marta Aguiar
Música ao vivo: Dj Cris Quizzik
SALA DE ESPERA (2003)
Adaptado do original A Doença: Uma Experiência, do roteirista de cinema Jean-Claude Bernardet, a pesquisa para criação do trabalho se pautou na exploração da técnica da Dança Pessoal e no trabalho com partituras de ações físicas, bem como em procedimentos de interação com o espectador, de modo a buscar um espaço de confidência com a plateia.
Sinopse
O espetáculo narra, com a preciosidade imagética de um cineasta, uma história que trata de amor, preconceito, descobertas, perda e superação. Uma trajetória de extrema sensibilidade que transforma o relato narrativo, tendo como ponto de partida a presença da Aids, em uma metáfora de amor a vida.
FICHA TÉCNICA
Idealização do projeto: Fabíola Gontijo
Adaptação e Direção da primeira fase do espetáculo (2003 a 2010): Fabíola Gontijo
Direção da segunda fase da peça (2011): Nei Cirqueira
Elenco:
Francis Wilker
Marcelo Alves
Desenho de Luz: Higor Filipe
Música ao vivo: Dj Cris Quizzik
BORBOLETAS TÊM VIDA CURTA (2006)
"Um acontecimento vivido é finito, ou pelo menos encerrado na esfera do vivido, ao passo que o acontecimento lembrado é sem limites, porque é apenas uma chave para tudo o que veio antes e depois." (Walter Benjamin)
O trabalho coloca em cena, por meio de uma narrativa que lembra os sonhos, momentos delicados de nossa infância: as primeiras dores, amizades, perdas e amores. Vivências e momentos íntimos que ficaram guardados no fundo da nossa “mala de memórias”. O espetáculo conta a história de Heitor, um homem que, ao resgatar imagens da sua infância, tenta preencher o vazio deixado por alguém especial. Passado e presente se cruzam. O passado ressignificando o presente.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Alonso Bento, Aline Seabra, Nei Cirqueira, Micheli Santini e Jhony Gomantos.
Direção: Francis Wilker
Assistente de Direção: Ivone Oliveira
Dramaturgia: Maria Carolina Machado
Cenografia: Marley Oliveira
Figurino: Hugo Cabral
Cenotécnica: Lisbeth Rios
Sonorização: Gleide Firmino
Iluminação: Zizi Antunes
*Trabalho desenvolvido na oficina do Galpão Cine Horto sobre Processo Colaborativo, realizada em 2006 em Brasília, promovida pela Alecrim Produções e contou com a orientação dos artistas: Francisco Medeiros, Tiche Viana, Luís Alberto de Abreu e Júlio Maciel.